sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bem longe de ti...


Ao que dizes que fazes, às mentiras sem fim, ao que dizes que é sem maldade, ao que acontece só porque sim. Aos arrufos, mágoas, dores e angústias, aquilo que nunca sentes porque não te perdes por essas agruras, aquilo que jamais sentirás porque não és capaz de abrir o teu coração. Aquilo que sentes somente com a tua emoção. Os sorrisos se forem partilhados têm um sabor diferente, os sorrisos se forem partilhados serão amados de formas tão divergentes. Eu partilho, eu sinto, eu amo, eu divido com que está a meu lado, eu partilho com o sem abrigo, eu dou um sorriso, eu prefiro não ter o “bem” mas ter o coração cheio de sorrisos, prefiro ter o coração quente dos abraços e beijos. E sou feliz só assim… Eu dou parte de mim sem esperar retorno só porque sim. Eu partilho, sorrio, existo porque sim, porque quero ser Feliz, porque algo faz parte de mim, essa parte não é egoísmo. Eu não sou como tu, eu, antes de pensar em mim... penso em ti! Erro… assim só sobra a mágoa para mim. Dia após dia vou percebendo que sim, que este caminho só me leva ao fim, mas tu és Feliz assim! Se eu quiser viver o hoje terá que ser assim, pois muito bem… assim seja, assim eu vou percorrer o caminho para bem longe de ti.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sol



O Sol(tu) é(s) o limite
A lua que se coloca entre nós
Nada é senão para despiste
Tenta afastar-nos
Tenta convencer-me
Que não estás lá para mim
Ilude-me dizendo que partiste sem mim
Mente-me só porque sim
Esconde-te para me ver chorar
Para acreditar que afinal eu gosto de ti
Pede desculpa dizendo que foi sem intenção
Mas com isso tu partiste do meu coração
Foste embora sem razão
Fugiste sem nenhuma explicação
Caiu a noite e nada mais ficou senão a solidão

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Dor...



E rola uma lágrima na minha face,
É ácida, provo, têm um sabor a dor
Mostra o desgaste de um corpo sem cor,
Sou cinzenta, não tenho sombra
Percorro ruas, ninguém olha para mim
Sou vento que leva o tormento
Sou dor que vive sem cor
Sou um sorriso apagado e amargo
Sou alma que arrasta a dor
Encontro um banco no jardim
Deito-me e espero que seja dia
Procuro ter crianças e risinhos perto de mim
Ninguém olha para mim
Aninho-me e espero que chegue o fim…

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Choro agora... para mais tarde te ver sorrir...


Tal como esta pequenita… Eu choro agora na esperança de mais tarde sorrir… sem receios, sem medos, de sorrir sem rodeios, olhar para ti e sentir o que é a felicidade… saber que o caminho tardou, foi difícil.. Mas eu consegui, choro agora para mais tarde te ver sorrir…

Quero... Outra vez!


Quero um poema só para mim,
Quero que me mime só a mim,
Quero que diga que sou bonita,
Quero que me sinta distinta.
Quero que transborde emoção,
Quero que seja escrito com o coração,
Quero que me dê atenção,
Quero que tenha essa ilusão.
Quero que não tenha dor,
Quero que seja repleto de cor,
Quero que tenha amor,
Quero que me dê valor.
Quero que me faça sentir aquilo que anseio
Quero que me faça dizer aquilo que quero
Quero que me faça ver o futuro risonho
Quero que me faça ouvir o grito que dou no meu sonho…

Quero fugir,
Quero sair daqui e não ter onde ir,
Quero correr, sentir o vento bater-me nos lábios
Quero ver, de perto o que sinto ao longe.
Quero sentir a liberdade dum pássaro,
Quero sorrir sem a lágrima sentir,
Quero chorar sem ter que explicar
Quero gritar no silêncio da noite
Quero sorrir quando estiver a partir
Quero não ter que esperar
Quero não ter que dizer
Quero sentir as coisas boas da vida
Quero poder viver… sem ter que escolher.


"Mais vale a magia e o deslumbramento do voo, que a estabilidade eterna transformada em raízes."

Quero..

Quero,

Consegues perceber a angústia de ter
E não sentir,
A angústia do querer e não fazer entender,
A angustiado dar e não receber.
Consegues?
Eu tentei exprimir-me,
Eu tentei moldar-me,
Mas não consegui..
Eu tentei chamar a atenção,
Mas ninguém me ouviu!
Como amar não chega,
Os sentimentos vão sendo recalcados,
É um pouco de .. basta!
É o tornar-me intocável.
É o tornar-me irreconhecível,
É o tornar-me forte,
É ser como sou sem lágrimas a rolaram-me na face.

Eu agora sou assim…

Vou rebentar...

Os dias passam, os sentimentos mantém-se… as horas passam e a revolta instala-se.
É difícil sabermos que não estarmos a ser correctos, que não é justo o que fazemos, mas a nossa mente não consegue desanuviar, parece que bloqueia, fico com o corpo a tremer, não consigo respirar.. e tenho que dizer.. choro, choro, entristece-me a mim mesma, esta batalha, esta crueldade comigo mesma, irá algum dia passar? Irei olhar ao espelho, sorrir e finalmente ser Feliz? É apenas o que desejo, não quero mais nada, não quero as coisas materiais que tantos lutam, quero Paz, a Paz de espírito, quero que ele esteja bem comigo mesma. Porque olho para o lado e o que vejo não me satisfaz, não consigo confiar na totalidade, não consigo fazer Feliz… porquê?
Porque tu não mereces, porque tu não tens que ser injustiçado, tu não o fazes por mal, eu sei, eu é que não me consigo controlar, …
Fui-me dito que tudo depende de mim, que eu tenho que dar mais, tu mereces mais, eu sei, mas neste momento eu não consigo. Não consigo controlar a mente, estou demasiado fraca para isso. Anseio a cada momento que tudo fique bem, que passe depressa estes momentos, mas… serei eu capaz, irás ser tu capaz?

Tenho dificuldade em respirar, vou explodir a qualquer momento, o coração está angustiado, dói-me muito a cabeça, não consigo ver… os olhos inchados turvam-me a visão, vou gritar, mas nem isso consigo soltar.
Quero fugir, quero partir sem ter para onde ir….
Pego num cigarro, anseio que me acalme, acalma, respiro fundo, fecho os olhos.. sou assaltada por um turbilhão de ideias, não consigo respirar, dói-me a cabeça, vou rebentar…




Desculpa não te deixar sorrir
Desculpa, nunca quis que fosse assim
Desculpa não te deixar olhar para mim
Desculpa não te amar desde o momento que soube que sim
Desculpa não te deixar chorar
Desculpa não te deixar amar
Desculpa não te dar um lar
Desculpa não te deixar correr e cair
Desculpa não te deixar abraçar
Desculpa não te deixar escolher entre ficar e partir
Desculpa…
O meu coração vai partir quando deixares de existir,
Desculpa mas sozinha não vou conseguir…

Espero por ti...

Ando perdida por entre o vazio,
Procuro-me e encontro algo sombrio,
A criança que outrora sorria
Não é mais que um pedaço sumido,
Foi apagada,
Com fortes golpes,
Fui magoada,
Com fortes palavras e acções..
Que agora jazem num turbilhão de emoções.
Tento voltar atrás,
Procurar o início do fim,
Não posso voltar para trás,
Está demasiado entranhado em mim.
Procuro um caminho alternativo,
Algum que me leve a algo desconhecido,
Algo que desejo e preciso,
O mundo feliz e festivo.
Não consigo andar,
Não consigo respirar,
O meu coração vai parar.
Esse mundo não é real para mim,
Faz parte do imaginário da sumida criança.
Vou voltar para trás,
Ficar sossegadita e esperar…
Que apareça uma criança, que sorria, que pegue na minha mão e me leve onde eu não consigo chegar.

Eu vou voltar para trás...


A confusão de sentimentos,
Transformam qualquer ideia num tormento,
A esperança do querer,
É vencida pelo dor do perder.
Terei perdido algo que alguma vez possui? Terá sido fruto do meu imaginário? Da criança que tanto anseia dentro de mim por Felicidade, Terá deturpado a realidade? Mostrou-me um caminho que me conduziria a Felicidade, pegou-me na mão, sorriu-me levou-me sem maldade, ela ansiava… se é uma criança que me guia, porque me mostra caminhos cruéis que nem sempre são realidade, porque me atormenta em momentos que supostamente deveriam ser de Felicidade. As crianças não vêm maldade, será esta má? Quererá mostrar-me que neste caminho encontrarei muitos buracos? Cairei muitas vezes, tropeçar outra tantas… ou simplesmente torcer os pés neste duro caminho. Alguma vez chegarei ao fim? Alguma vez irei alcançar o tão desejado por ambas? A Felicidade?
Neste caminho encontro vultos, alguns me conduzem entre os buracos, outros empurram-me sem piedade. Vou caindo, vou-me levantando... mas constantemente sinto na boca o sabor a sangue, são as minhas feridas que me dizem que devo parar, que já chega de caminhar, sou teimosa, dou mais dois passos, dói muito mais, olho para trás… quero parar, quero voltar ao inicio, aparece um vulto, não me deixa, diz que sou um Anjo e que o meu lugar é no fim deste caminho, não me deixa voltar para trás, tento explicar que me dói, que estou cansada, desgasta, pergunto-lhe como será a Felicidade? Como será percorrer com o sabor de sangue na boca tão duro caminho, até ao final.. o que me esperará? Eu não vou conseguir, mas por este Maravilhoso Vulto eu irei tentar… onde me levará o caminho? Eu sei o que me está a desgastar… Ele diz que vou conseguir, mas acho que só me quer iludir….

Eu vou voltar para trás…


Não, não pensem que estou a entrar no mundo da depressão, não! Apenas fico triste com a desilusão. Esta cambada de seres que nos rodeiam, que pavoneiam valores, que procuram crédito e credores e no fim do caminho se mostram desertores. Porquê? Porque o caminho é para os verdadeiros, para os honestos, os sinceros, para aqueles que conseguem amar sem porquês, para aqueles que conseguem gostar sem afectar. Para aqueles que olham para o seu umbigo antes de olhar para os outros o caminho é demasiado penoso. O seu eu está primeiro! O seu mundo, o seu egoísmo. Estas mensagens espelham muito o dia-a-dia, vivido bem de perto, se não to posso dizer, aqui espelho o meu lado inquieto. Será virtual, será um mundo de fantasia, será fantochada ou sincera alegria? Como será o meu dia?... Hoje espelhará a incerteza ou somente a agonia?

Desabamento...


A incerteza apodera-se, a dúvida de qual caminho a seguir assombra-me, o sentimento desprende-se, a grito teima em querer sair em tom bem alto e bem agudo para que todos possam ouvir. Não posso, calo-me, grito em silêncio, o meu interior desmorona-se, é um grito ensurdecedor, ninguém o ouve a não ser o meu interior, o coração pára para tentar recomeçar, o sangue pára e ameaça congelar, a lágrima teima em querer saltar, não posso, não quero, já dei demais de mim, não posso, jamais mostrar que estou perto do fim. Eu sou forte e irei conseguir, lá longe vejo o caminho perto do fim. Tu que me guias, que pegaste na minha mão, sorriste e pediste para confiar em ti.. onde está o caminho que me falaste? Aquele que afirmaste ser sempre a subir, onde eu chegaria a sorrir? Onde está? Cada vez encontro mais pedras, mas vez que tropeço… sinto que me mandam estas pedras como se um alvo se tratasse, umas acertam outras nem tanto! Cada vez que isso acontece não estás perto de mim para me ajudares a levantar. Eu consigo, tu prometeste. Eu não vou desistir até à luz deslindar, eu consigo, eu consigo mostrar o meu sorriso quando tudo cá dentro está a desabar.

Boas vindas :)

Este será um blog.. de desalentos, poucas vezes verão aqui contentamentos... Serão estados de espirito ou simplesmente.. desalentos da minha mente!